Câmara instaura comissão processante

A Câmara de Vereadores de Taió aprovou nesta segunda-feira (26) a instauração de uma comissão processante para apurar suposta quebra de decoro parlamentar, contra o vereador Joel Sandro Macoppi (PP), a denúncia recebida e lida pelo Legislativo tem 13 páginas e foi encaminhada pelo procurador-geral do Município, Marco Vinicius Pereira de Carvalho.

Após a leitura da denúncia em sessão, foi realizada a votação nominal, por quatro votos a três (maioria simples) foi aprovada a instauração da comissão. Os vereadores Aroldo Peicher Junior ‘Peixinho’ (MDB), Eduardo Poffo ‘Dudu’ (PSDB), Jaci de Liz (PSDB) e Klaus Dieter Diel (MDB), votaram favoráveis a denúncia, enquanto Ademir Valle (PSD), Jair Alberto das Neves ‘Jinho’ (PP) e Valdecir João da Cruz ‘Capilé’ (PR) foram contrários. O vereador citado na denúncia não participou da votação por questões legais e regimentais.

Assim que aprovada pela maioria, a composição da comissão processante foi realizada através de sorteio, conforme prevê o Regimento Interno da Câmara. Compõem a comissão os vereadores, Dudu Poffo, Jinho e Capilé.  Em reunião realizada em seguida eles definiram os cargos, a comissão é presidida pelo vereador Capilé, tem o vereador Jinho na relatoria e Dudu como membro.

A comissão tem 90 dias para concluir os trabalhos de investigação.

Entenda o caso

Na primeira sessão do mês de março (05/03), vereadores da bancada de oposição, questionaram a atuação do procurador-geral do Município, quanto ao ajuizamento de ações de cobrança fiscal em dívida ativa de contribuintes, em alguns casos segundo eles o valor da dívida era menor que os das custas processuais. Ao utilizar a tribuna o vereador Joel Sandro Macoppi afirmou que esteve no gabinete do juiz da Comarca de Taió e que o mesmo teria dito que achava uma coisa ridícula o que o procurador do Município estava fazendo na comarca.

Duas semanas depois (19/03) o procurador-geral do Município, Marco Vinícius Pereira de Carvalho ocupou a tribuna da Câmara para exercer o direito de resposta e rebateu, ele disse que o vereador mentiu, pois não esteve no gabinete do juiz e que o magistrado não proferiu as palavras citadas em sessão anterior. O procurador-geral denunciou que a atitude do vereador configurou quebra de decoro e pediu verbalmente que a Casa Legislativa investigasse o caso, na mesma semana a denúncia formal com 13 páginas foi protocolada na Câmara de Vereadores.