Vereadores de Taió pedem interdição de PCH

O rompimento do canal adutor de uma Pequena Central Hidrelétrica foi um dos temas da sessão legislativa da Câmara de Vereadores de Taió. A preocupação com o caso motivou cinco vereadores a elaborarem um requerimento no qual pedem imediata interdição da usina de geração de energia.

O documento assinado pelos vereadores Eduardo Poffo ‘Dudu, Jaci de Liz, Klaus Dieter Diel, Pedrinho Althoff e Tiago Maestri esclarece que os motivos do requerimento são claros devido às ocorrências já registradas com prejuízos diversos a moradores do distrito de Passo Manso, mais precisamente da localidade de Ribeirão das Pedras, com a fragilidade do canal alimentador da usina de geração.

 O requerimento enfatiza ainda que a Casa de Leis através do poder fiscalizador não pode permitir que uma empresa, mesmo buscando gerar empregos e renda, seja negligente ao ponto de colocar vidas em risco com uma obra que comprovadamente não possui segurança estrutural e demonstrou risco, tendo o mesmo canal rompido duas vezes.

O tema também ganhou destaque nos discursos em tribuna, o vereador Klaus (MDB) reiterou o pedido de colocar o documento em votação. “É claro que existem os órgãos de competência, mas como vereador não vou me omitir, se essa obra não for refeita, ela não pode trabalhar da forma em que está, nem remendá-la como foi feito em alguns momentos. O teste que foi feito comprovou a total insegurança”, afirmou.

O vereador Jair Alberto das Neves ‘Jinho’ (PP) pediu cautela e sugeriu pedido de informação para a empresa responsável pelo empreendimento. “Eu penso que em um primeiro momento como os órgãos de fiscalização já estão cientes e já vão dar seus pareceres, aquela obra automaticamente já está interditada, esse pedido não sei se não seria uma redundância. Eu acho que seria pertinente ao momento pedir informação para saber quais as medidas a empresa adotou desde o ocorrido”, reiterou.

O vereador Jaci (PSDB) também se manifestou, ele pediu a paralisação imediata das operações antes que vidas humanas sejam perdidas. “Tá na hora de paralisar em definitivo, a empresa tem que rever outra forma de fazer aquilo funcionar, uma forma que não coloque em risco as famílias que ali ainda residem. Infelizmente não deu certo, se pensa para frente, ninguém quer crucificar a empresa ou o empresário”, declarou.

O documento foi aprovado por unanimidade dos presentes, ele será encaminhado para a Secretaria de Defesa Civil do Estado, Ministério Público, Juiz da Comarca de Taió e Prefeito.