Compra de área do Seminário está em análise pela Câmara

Projeto que envolve operação financeira milionária tem dividido opiniões, vereadores defendem amplo debate

Compra de área do Seminário está em análise pela Câmara

A Câmara de Vereadores de Taió analisa o projeto de lei para a compra de uma área de cerca de 214 mil m² que pertence à Mitra Diocesana. O projeto envolve a compra de dois terrenos no bairro Seminário. Na proposta o valor da avaliação está em R$ 6,4 milhões, mas com a operação e os juros será de mais de R$ 7,8 milhões.

O projeto de lei destaca que a compra será feita com uma entrada no valor de R$ 1 milhão e mais 36 parcelas de R$ 190.381,60, acrescidas de juros de 1,35% ao mês. Na justificativa do projeto o Executivo apontou algumas possibilidades de utilização da área, como a construção de um parque de lazer, arena multiuso, unidade básica de saúde, centro de convivência para idoso, ampliação de creche e centro de inovação.

A proposta segue em análise na Câmara, o processo legislativo já soma 68 páginas das documentações, requerimentos e respostas a requerimentos. Os documentos estão disponíveis no link: https://drive.google.com/file/d/1v9mw99uhgNH1Jef9E92EoKYj2mSUSiKK/view?usp=drive_link

Uma das discussões do projeto são as edificações na área, o que inclui o prédio antigo do seminário e uma capela, que seria comprada com recursos municipais e cedida para o Conselho Pastoral Comunitário (CPC).

Assunto está dividido entre as bancadas

O vereador Jaci de Liz (PSD) se manifestou favorável a compra da área, mas ponderou que sem as edificações da Capela e do prédio onde funcionou o seminário diocesano. “Não sou contra a compra do terreno, mas sou contra a compra da estrutura. Sou a favor que a gente construa um parque, temos outras opções também muito boas na cidade, a fécula que está abandonada, na subida do acesso tem terreno também, talvez com um custo menor”, sugeriu.

O vereador Marcos Krueger (PL), pediu que a Mitra revise a questão de cobrar juros pelo parcelamento. “Podiam rever algumas coisas, pelo menos os juros para o Município. As entidades religiosas cobram boas ações dos fiéis e nada mais justo que eles estarem fazendo isso para os cidadãos taioenses”, ponderou.

O vereador Flávio Molinari (MDB) antecipou o voto, informando que nas condições atuais não aprovaria. Segundo ele, falta a apresentação de estudos sólidos com a localização das benfeitorias que pretendem ser feitas na área, outra preocupação é com o impacto financeiro da compra, se não vai comprometer demais a saúde financeira do Município “Se o projeto fosse votado hoje, meu posicionamento seria contrário, por falta dessas informações. Não faz sentido adquirir o prédio, só se me provarem que não vai ser investido R$ 1,00 para reformar aquela construção antiga. Os terrenos quem sabem apresentado todos os estudos”, declarou.

O vereador Gilson Valentini (PSDB) informou que a compra está voltada para o desenvolvimento, mas não descartou modificações no projeto de lei para a compra. “A gente quer o melhor para a cidade, a compra ou não do terreno, estamos pensando sempre no melhor para Taió. A gente não concorda com todo o projeto, a gente vai sentar e conversar com o prefeito, para tentar fazer algumas alterações”, afirmou.